130 anos do nascimento de Antonio Gramsci!

130 anos do nascimento de Antonio Gramsci!
Gigante dirigente e teórico da classe trabalhadora!
Gramsci, presente, sempre!

“Os privilégios e as diferenças sociais, sendo produtos da sociedade e não da natureza, podem ser superados. A humanidade necessita de um outro banho de sangue para cancelar muitas destas injustiças: e, quando isso ocorrer, que os dominantes não se arrependam por terem deixado as massas no estado de ignorância e de ferocidade em que se encontram agora.” (Oprimidos e opressores, novembro de 1910, ensaio escolar)

“Instrui-vos porque teremos necessidade de toda vossa inteligência. Agitai-vos porque teremos necessidade de todo vosso entusiasmo. Organizai-vos porque teremos necessidade de toda vossa força.” (L’Ordine Nuovo, 10/05/1919, periódico dirigido por Gramsci)

“[…] quantas vezes me perguntei se era possível o ligar-se a uma massa se jamais se havia gostado de alguém, nem mesmo dos próprios parentes, se era possível amar uma coletividade se não se era amado profundamente por criaturas humanas. Não teria isso todo um reflexo sobre a minha vida de militante, não teria isto esterilizado e reduzido a um mero fato intelectual, a um puro cálculo matemático a minha qualidade de revolucionário?” (Carta a Giulia Schucht, 6/3/1924)

“O elemento popular ‘sente’, mas nem sempre compreende ou sabe; o elemento intelectual ‘sabe’, mas nem sempre compreende e, menos ainda, ‘sente’.[…] O erro do intelectual consiste em acreditar que se possa saber sem compreender e, principalmente, sem sentir e estar apaixonado. […] [O intelectual] deve sentir as paixões elementares do povo, compreendendo-as e, portanto, explicando-as e justificando-as em determinada situação histórica, bem como relacionando‐as dialeticamente com as leis da história, com uma concepção do mundo superior, científica e coerentemente elaborada, com o ‘saber’; não se faz política‐história sem essa paixão, isto é, sem esta conexão sentimental entre intelectuais e povo‐nação. Na ausência deste nexo, as relações do intelectual com o povo‐nação são, ou se reduzem, a relações de natureza puramente burocrática e formal; os intelectuais se tornam uma casta ou um sacerdócio […].” (Q11, § 67, 1932-1933, Cadernos do Cárcere)

“Il comunismo non obscurera’ la belleza e la grazia…”

Pedro Marinho

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